Secretaria Geral Da Negritude Socialista Brasleira
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Cristina Almeida
Secretaria Nacional do Movimento Negro do PSB
Secretaria Nacional do Movimento Negro do PSB
PSB Nacional na Luta pelo enfrentamento ao racismo quotidiano.
No dia 21 de março o mundo comemora o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Sendo um momento de reflexão e de luta pela iliminação do racismo e preconceito que são vitimas grupos raciais e étnicos.
Enquanto segmento organizado do Partido Socialista Brasileiro, a NSB- Negritude Socialista Brasileira, vem intensificando suas ações de mobilização, articulação e fortalecimento da luta pelo enfrentamento ao racismo.
O Dia Internacional contra a Discriminação Racial – 21 de março – foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU)em 1969, nove anos após um protesto em Sharperville, cidade próxima à Johannesburg, na África do Sul, ter acabado em tragédia.
O Massacre de Sharperville, como ficou conhecido, vitimou quase 250 pessoas que participavam de uma manifestação contra a Lei do P asse. Essa Lei obrigava a população negra a exibir cartões de identificação, que continham os locais onde os negros podiam circular.
No dia 21 de março o mundo comemora o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. Sendo um momento de reflexão e de luta pela iliminação do racismo e preconceito que são vitimas grupos raciais e étnicos.
Enquanto segmento organizado do Partido Socialista Brasileiro, a NSB- Negritude Socialista Brasileira, vem intensificando suas ações de mobilização, articulação e fortalecimento da luta pelo enfrentamento ao racismo.
O Dia Internacional contra a Discriminação Racial – 21 de março – foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU)em 1969, nove anos após um protesto em Sharperville, cidade próxima à Johannesburg, na África do Sul, ter acabado em tragédia.
O Massacre de Sharperville, como ficou conhecido, vitimou quase 250 pessoas que participavam de uma manifestação contra a Lei do P asse. Essa Lei obrigava a população negra a exibir cartões de identificação, que continham os locais onde os negros podiam circular.
Nosso maior desafio não é só reconhecer que o racismo existe, mais sim trabalharmos para que o mesmo seja banido.
Breve histórico da luta anti-racismo no Distrito Federal
A conjuntura política atual no que concerne às ações de governos dirigidas à população afro-brasileira resulta de um longo e persisitente processo de afirmação da identidade negra sob uma perspectiva positiva. No caso específico do Distrito Federal podemos dizer que desde 1978 foi possível constatar a existência de um movimento em prol da causa no contexto da capital da República. Ainda sob forte pressão do regime autoritário o Centro de Estudos Afro-Brasileiros surgiu no final da década de setenta como um primeiro sopro e uma resposta as aspirações de negras e negros que buscavam a organização política do próprio segmento.
Posteriormante, no fluxo da manifestação das inquietações de ordem ideológica marcadas por nossa invisibilidade, outras articulações foram surgindo no espaço do ativismo, fossem na direção do movimento social independente como a fundação do Movimento Negro Unificado DF, fossem nas esferas dos partidos a exemplo da constituição da Comissão do Negro do Partido dos Trabalhadores, além de outras mobilizações intra-partidárias, no início dos anos oitenta. Até então viviamos um período de imensa efervescência política e muitas tensões, pois o entorpecimento causado pelo mito da democracia racial fazia com que expressivas parcelas da sociedade brasileira não se dessem conta dos abismos existentes entre negros e brancos no Brasil.
Quando mapeamos os movimentos poulares no Distrito Federal percebemos que o movimento negro deixou sua marca de modo nítido. Podemos ilustrar tal argumento aludindo aos atos públicos significativos como o protesto e a denúncia dos crimes cometidos pelo regime do apartheid na África do Sul ; enfrentamentos diante das comemorações do Centenário da Abolição, na medida em que o governo da Nova República se dispunha a assumir uma postura absolutamente festiva em contraposição a conduta da maioria das entidades negras que se empenhavam no sentido de mostrar a eficácia do racismo brasileiro e concomitantemente exigir da sociedade civil organizada posturas mais críticas acerca da situação histórica do povo negro. O DF também foi palco da Convenção Nacional do Negro pela Constituinte, que pode ser considerado o evento de transição do MN , de uma fase de protesto explícito para outra de caráter mais propositivo em que a voz deste segmento teve que ser ouvida no processo de elaboração do texto que resultou na Constituição de 1988. As entidades locais se empenharam também para garantir a realização de uma das edições do Encontro do Negro do Centro-Oeste, bem como desempenharam papel de relevância na organização da Marcha Zumbi dos Palmares: contra o racismo, pela cidadania e a vida, evento de massa ocorrido durantre a primeira gestão de FHC. Ao homenagear o tricentenário da imortalidade de Zumbi a militância apresentava ao Governo Federal um elenco de propostas que possuiam um caráter de transversalidade no que se refere à estrutura ministerial. Algo muito próximo das atribuições atuais da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Por tais razões é de fundamental importância que enfatizemos este percurso e protagonismo do MN no DF que ao longo de tres décadas pavimentou o caminho para que pudessemos almejar a implementação de políticas públicas alicerçadas nos principios das ações afirmativas. As demandas atuais pela criação de uma secretária específica também são consequências dessa trajetória de luta que deve ser constantemente ressaltada, pois não há movimento sem memória e tampouco sem história.
Nelson Inocencio
CONSCIÊNCIA POLÍTICA E SOBERANIA NEGRA
Estou imaginando mais uma Semana da Consciência Negra e nesse hábito de imaginar sobre questões reais, meus pensamentos me forçam a pensar. Pensar é uma oportunidade para fomentar novas idéias. Nesse sentido proponho uma reflexão sobre a questão da consciência negra. Consciência Negra remete-nos a pensar, e não a “imaginar” apenas as ações dos movimentos negros organizados em função do dia 20 de novembro. A Semana da Consciência Negra, deve ser algo maior, mais valoroso e inovador. Estou a pensar o povo negro em “movimento”, em ação, fazendo concretamente seus direitos e valores serem respeitados e re-conhecidos. Seguindo esse raciocínio algumas indagações se tornam pertinentes. Por exemplo, nós, negras e negros nascidos no Brasil somos por lei, reconhecidos, seres “livres” pela Constituição da República Federativa do Brasil; garante a lei que somos “iguais” e, por isso, devemos ser respeitados. Tudo é verdade até que se prove ao contrário. Mas por que então, foi necessário a elaboração do Estatuto da Igualdade Racial? E porque nós, negras e negros necessitamos discutir e lutar para ver nossos direitos respeitados, uma vez que esses deveriam ser reconhecidos espontaneamente? Se não estou equivocado, as lutas concretas dos movimentos negros teve um impulso a partir de 1988, quando da Campanha da Fraternidade com o lema: “O Negro e a Fraternidade”. Ou seja, há 21 anos, nós, negras e negros clamamos com mais ênfase e posicionamento por dignidade, respeito e reconhecimento. Porém, ainda é fato que muitos jovens negros estão sendo sumariamente assassinados e, muitos cidadãos negros estão sendo hostilizados e submetidos a constrangimentos públicos simplesmente por serem negros.
Nesses tantos anos de luta e movimento, me parece que já é tempo maduro para uma nova postura da comunidade negra do ponto de vista étnico-político. Consciência sugere a idéia de liberdade e autonomia. Daí que, toda iniciativa do povo negro do ponto de vista político, deve conseqüentemente, primar pela defesa da soberania étnica da comunidade negra. Por soberania consideramos o exercício livre da vontade pessoal do ser humano e, nesse caso, toda ação livre tem em si um objetivo a ser alcançado. Assim, nós negros e negras temos de saber o que desejamos alcançar com as iniciativas realizadas no dia 20 de novembro e a quem desejamos atingir. Sugiro aqui três idéias: Primeira, devemos atingir a consciência do povo negro, no sentido de que toda e qualquer pessoa da etnia negra tome consciência e conhecimento da real situação em que vivemos na sociedade brasileira; depois “pedagogizar” as ações da Semana da Consciência Negra. Isto é, encontrar novas fórmulas de como nós dos movimentos organizados vamos “seduzir” os negros e negras não envolvidos nos movimentos e em organizações, para que venham fazer parte das ações e, assim, despertem a consciência e reconheçam que a luta é de todas e de todos nós; por último, tem de ser uma idéia, cuja fundamentação tenha repercussão na sociedade civil e no poder público. O povo negro no Brasil é maioria populacional, mas ao longo dos anos tem aceitado e legitimado que apenas os homens brancos assumam o poder político em detrimento dos homens e mulheres da etnia negra. Essa cultura do “embranquecimento” tem dificultado o equilíbrio sócio-político e econômico da etnia negra em relação à maioria da população branca, pois, uma vez no poder, os homens brancos desconhecem a importância do povo negro na estruturação da economia brasileira e, quando predispõem a realizar algo que tenha como referência a cultura negra, o fazem via políticas públicas e ou ações afirmativas, as quais são importantes dadas as circunstâncias históricas do país, mas é verdade, são ações que não resolvem o problema do povo negro, quando muito ameniza. Pensemos nas comunidades quilombolas e nos tantos negros e negras que vivem nas periferias das cidades e que não estão inseridos em nenhum movimento e não são quilombolas, pensemos nas estradas do Brasil e vemos os “homens invisíveis” ( os andarilhos das estradas do país), são negros na sua imensa maioria. Veremos que nós temos muito pelo que lutar e exigir em termos de políticas públicas e de ações afirmativas.
Consideremos aqui as políticas públicas do atual governo federal, de fato se trata de algo diferenciado em relação a todos os governos anteriores. Manteve o sistema de cotas, criou o ministério da promoção da igualdade racial, mas é agora a hora de manter-nos os olhos voltados para a realidade que nos cerca. Assim, entendo que o desafio do povo negro organizado é: mudar o foco da atuação e trazer os negros e as negras para o centro da discussão sendo que: cada negro e cada negra é representante de sua causa e assim, a causa de todos.
Nesses tantos anos de luta e movimento, me parece que já é tempo maduro para uma nova postura da comunidade negra do ponto de vista étnico-político. Consciência sugere a idéia de liberdade e autonomia. Daí que, toda iniciativa do povo negro do ponto de vista político, deve conseqüentemente, primar pela defesa da soberania étnica da comunidade negra. Por soberania consideramos o exercício livre da vontade pessoal do ser humano e, nesse caso, toda ação livre tem em si um objetivo a ser alcançado. Assim, nós negros e negras temos de saber o que desejamos alcançar com as iniciativas realizadas no dia 20 de novembro e a quem desejamos atingir. Sugiro aqui três idéias: Primeira, devemos atingir a consciência do povo negro, no sentido de que toda e qualquer pessoa da etnia negra tome consciência e conhecimento da real situação em que vivemos na sociedade brasileira; depois “pedagogizar” as ações da Semana da Consciência Negra. Isto é, encontrar novas fórmulas de como nós dos movimentos organizados vamos “seduzir” os negros e negras não envolvidos nos movimentos e em organizações, para que venham fazer parte das ações e, assim, despertem a consciência e reconheçam que a luta é de todas e de todos nós; por último, tem de ser uma idéia, cuja fundamentação tenha repercussão na sociedade civil e no poder público. O povo negro no Brasil é maioria populacional, mas ao longo dos anos tem aceitado e legitimado que apenas os homens brancos assumam o poder político em detrimento dos homens e mulheres da etnia negra. Essa cultura do “embranquecimento” tem dificultado o equilíbrio sócio-político e econômico da etnia negra em relação à maioria da população branca, pois, uma vez no poder, os homens brancos desconhecem a importância do povo negro na estruturação da economia brasileira e, quando predispõem a realizar algo que tenha como referência a cultura negra, o fazem via políticas públicas e ou ações afirmativas, as quais são importantes dadas as circunstâncias históricas do país, mas é verdade, são ações que não resolvem o problema do povo negro, quando muito ameniza. Pensemos nas comunidades quilombolas e nos tantos negros e negras que vivem nas periferias das cidades e que não estão inseridos em nenhum movimento e não são quilombolas, pensemos nas estradas do Brasil e vemos os “homens invisíveis” ( os andarilhos das estradas do país), são negros na sua imensa maioria. Veremos que nós temos muito pelo que lutar e exigir em termos de políticas públicas e de ações afirmativas.
Consideremos aqui as políticas públicas do atual governo federal, de fato se trata de algo diferenciado em relação a todos os governos anteriores. Manteve o sistema de cotas, criou o ministério da promoção da igualdade racial, mas é agora a hora de manter-nos os olhos voltados para a realidade que nos cerca. Assim, entendo que o desafio do povo negro organizado é: mudar o foco da atuação e trazer os negros e as negras para o centro da discussão sendo que: cada negro e cada negra é representante de sua causa e assim, a causa de todos.
Domingos Barbosa. (Profº. Dumas) É filósofo, Educador, Mestre em filosofia política e membro do movimento negro.
O Municipio de Viana/ES.
Olá Pessoal,
O Municipio de Viana/ES, através do nosso amigo e vice prefeito Carlos Lopes, deu inicio á organização da NSB/VIANA/ES no ultimo sabado dia 16/06/2011, onde a secretária da comissão provisória municipal da Negritude Socialista de Viana, companheira Fatima, realizou uma reunião com alguns companheiros e palestrou sobre a importância de nos negros, negras e afros descendentes estarem nos partidos políticos e também a importância de ter candidatos proprio do PSB no municipio. Teve paresente a Companheira e secretária da comissão provisória da NSB/ES - Ester Mattos, Carlos Augusto Junior, que está organizando a NSB/Cariacica-ES, Hermes Freitas Filho - Herminho - membro da executiva municipal de viana e também o companheiro de luta Rogério que sempre deu apoio na organização deste importante segmento para o PSB.
Meus parabens Fatima pela sua iniciativa. Conte comigo sempre nessa longa estrada de construção e organização. Você só precisa acreditar que vai da certo.
Valneide
Sec. Geral da NSB