segunda-feira, 18 de julho de 2011

O PSB E SEUS MILITANTES COMEMORAM E HOMENAGEAM OS 93 ANOS DE NELSON MANDELA NO XII CONGRESSO NACIONAL








Nós socialistas brasileiros, também, comemoramos dia 18 de Julho os 93 anos sul Africano Nelson Mandela - 67 dos quais dedicados à luta pela igualdade racial em seu país.

Mandela ficou preso durante 27 anos por causa de sua luta contra o apartheid.

Foi candidato pelo partido do Congresso Nacional Africano e, venceu as eleições de 1994. Foi a primeira vez que a maioria negra teve direito ao voto na África do Sul.

Mandela cumpriu seu mandato como presidente e deixou o cargo em 1999.

Mandela é, reconhecidamente, símbolo de resistência, coragem e de determinação para os que acreditam e lutam por um mundo livre de preconceitos e justo.

O ano de 2011 é o Ano Internacional dos Afros Descentes e a Negritude Socialista Brasileira confirma que essa é uma oportunidade única para redobrar nossos esforços na luta contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e outras formas de intolerância que afetam as pessoas de ascendência africana no mundo.

Será também o ano do XII Congresso Nacional do PSB e, nesse evento partidário, iremos homenagear Nelson Mandela ícone internacional na defesa das causas humanitárias.

Para nós fica o exemplo de Ser Humano descrito pela jornalista Ruth de Aquino, na ocasião da saída de Mandela da prisão: “havia ódio entre brancos e negros – e entre negros e negros. Mandela só pensava em seu país, não em vingança. Queria recuperar a confiança da comunidade internacional, acabar com a segregação racial, evitar uma guerra civil. Acolhia seus ex-algozes com boas palavras e cumprimentos calorosos, sem ingenuidade. Transpirava uma confiança inabalável na humanidade.”

Valneide Nascimento dos Santos

Secretária Geral da NSB

sábado, 16 de julho de 2011

Um ano dedicado aos afrodescendentes


“Este Ano Internacional oferece uma oportunidade única para redobrar nossos esforços na luta contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e outras formas de intolerância que afetam as pessoas de ascendência africana em toda parte.”

(Navi Pillay, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos)

Estima-se que 150 milhões de pessoas que se identificam como sendo de ascendência africana vivem na América Latina e no Caribe. Muitos outros milhões vivem em outras partes do mundo, fora do continente africano. Ao proclamar o Ano Internacional, a comunidade internacional está reconhecendo que as pessoas de ascendência africana representam um setor específico da sociedade, cujos direitos humanos devem ser promovidos e protegidos.

As pessoas de ascendência africana são reconhecidas na Declaração e no Programa de Ação de Durban1 como um grupo de vítimas específicas que continuam sofrendo discriminação, como legado histórico do comércio transatlântico de escravos. Mesmo afrodescendentes que não são descendentes diretos dos escravos enfrentam o racismo e a discriminação que ainda hoje persistem, gerações depois do comércio de escravos.

Para corrigir os erros do passado

“Este é o ano para reconhecer o papel das pessoas de ascendência africana no desenvolvimento global e para discutir a justiça para atos discriminatórios correntes e passados que levaram à situação de hoje”

(Mirjana Najcevska, Presidente do Grupo de Trabalho das Nações Unidas de Peritos sobre Pessoas de Ascendência Africana)

O racismo obsceno que foi a base do comércio de escravos e da colonização ainda ressoa hoje. Ele se manifesta de diversas maneiras, às vezes sutilmente, às vezes inconscientemente, como preconceito contra as pessoas com pele mais escura.

Para encontrar formas de combater o racismo, a ex-Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos criou o Grupo de Trabalho de Peritos sobre Pessoas de Ascendência Africana, encarregado de recomendar medidas para promover a igualdade de direitos e oportunidades. Foi criado em 2001 para analisar a situação e as condições de africanos e pessoas de ascendência africana, a fim de enfrentar a discriminação que elas sofrem.

O Grupo de Trabalho concluiu que alguns dos mais importantes desafios que enfrentam as pessoas de ascendência africana dizem respeito à administração da justiça e seu acesso à educação, emprego, saúde e habitação.

Em alguns países, embora possam ser uma minoria, as pessoas de ascendência africana constituem uma parte da população carcerária desproporcionalmente alta percentagem e recebem sentenças mais duras do que os da etnia predominante. O enquadramento racial2 – que resulta na sistemática segmentação de pessoas de ascendência africana por policiais – criou e perpetuou grave estigmatização e estereótipos dos afrodescendentes como dotados de uma propensão à criminalidade.

Em muitos países com grande população de afrodescendentes, este setor da sociedade tem menos acesso e níveis mais baixos de educação. As evidências mostram que, quando as pessoas de ascendência africana têm maior acesso à educação, participam de forma mais igualitária em todos os aspectos políticos, econômicos e culturais da sociedade, bem como no avanço e no desenvolvimento econômico de seus países. Da mesma forma, elas encontram-se em melhores condições para defender seus próprios interesses.